Nos seis primeiros meses de 2025, o governo federal pagou R$ 35 milhões em emendas individuais destinadas aos parlamentares da bancada gaúcha. Os dados constam no Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop). As maiores quantias liberadas até o momento foram para os deputados Márcio Biolchi (MDB) e Afonso Hamm (PP), com R$ 3 milhões pagos a cada um — valor que representa apenas 40% do total de R$ 7 milhões já empenhados por ambos.
Apesar disso, Biolchi e Hamm não lideram a lista de parlamentares com maiores volumes empenhados. O senador Paulo Paim (PT) é quem mais tem recursos aguardando pagamento: dos R$ 21 milhões em emendas empenhadas por ele, apenas R$ 2,2 milhões foram pagos até o momento.
A deputada Franciane Bayer (Republicanos) aparece logo em seguida, com duas emendas que somam R$ 16 milhões empenhados, sendo apenas R$ 300 mil efetivamente liberados. Ao todo, a bancada do Rio Grande do Sul tem R$ 183 milhões em emendas já comprometidas no Orçamento.
Entre os parlamentares com menor volume de recursos empenhados estão Daiane Santos (PCdoB), Bibo Nunes (PL) e Marcel Van Hattem (Novo), todos com menos de R$ 2 milhões cada. Apesar disso, Van Hattem lidera entre os deputados federais no valor reservado no Orçamento de 2025, com quase R$ 24 milhões indicados — ficando atrás apenas dos três senadores da bancada nesse quesito. Ele, no entanto, ainda não teve nenhum valor pago.
Distribuição por partidos
O Partido dos Trabalhadores (PT) lidera o ranking de emendas empenhadas entre as siglas da bancada gaúcha. Com um senador e seis deputados, os petistas acumulam R$ 44 milhões em recursos já comprometidos, impulsionados principalmente pelas emendas do senador Paulo Paim.
Outros partidos com senadores também figuram entre os que têm maiores volumes empenhados: o Republicanos, com R$ 29 milhões, e o Progressistas (PP), com R$ 21 milhões. O MDB, mesmo sem senador, conseguiu empenhar R$ 20 milhões, graças à atuação de seus três deputados. Já os cinco deputados do PL aguardam a liberação de R$ 16 milhões.
As emendas parlamentares são recursos indicados individualmente pelos deputados e senadores para atender demandas de estados e municípios, especialmente na área da saúde, infraestrutura e educação. A liberação dos valores, no entanto, depende de critérios técnicos e políticos definidos pelo governo federal.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper