O ministro Edson Fachin foi eleito, nesta quarta-feira (13), para presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) pelos próximos dois anos. A escolha, feita de forma simbólica pelo plenário, segue o critério de antiguidade previsto no regimento interno da Corte, que determina que o cargo seja ocupado pelo ministro mais antigo que ainda não exerceu a presidência. Atualmente vice-presidente, Fachin assumirá o posto no dia 29 de setembro, sucedendo Luís Roberto Barroso.
Ao parabenizar o colega, Barroso destacou que o país “tem sorte” de contar com Fachin na liderança do STF, elogiando sua “qualidade moral e intelectual” e desejando êxito no mandato. Fachin, por sua vez, agradeceu a confiança dos ministros e afirmou que pretende fortalecer a colegialidade e o diálogo na Corte, assumindo a função como uma “missão” e com “consciência de dever a cumprir”.
O novo vice-presidente, Alexandre de Moraes, também celebrou a eleição, ressaltando a honra de voltar a trabalhar ao lado de Fachin.
Natural de Rondinha (RS), mas com carreira consolidada no Paraná, Fachin foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff e tomou posse no STF em junho de 2015. É formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e foi relator de casos de grande repercussão, como investigações da Operação Lava-Jato, o julgamento do marco temporal para demarcações de terras indígenas e a ADPF das Favelas, que estabeleceu medidas para reduzir a letalidade policial no Rio de Janeiro.
Alexandre de Moraes, indicado ao STF pelo ex-presidente Michel Temer em 2017, é relator das ações penais da trama golpista. Formado em Direito pela USP, já atuou como ministro da Justiça, secretário de Segurança Pública e de Transportes de São Paulo, além de professor universitário.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper