As cores verde e amarela dividiram espaço com o vermelho, azul e branco neste 7 de Setembro. Em Porto Alegre, assim como em outras capitais do país, bandeiras dos Estados Unidos foram erguidas ao lado das do Brasil em um ato político promovido por partidos de direita no Dia da Independência.
Na capital gaúcha, a mobilização ocorreu no entorno do Parque Moinhos de Vento, o Parcão, e reuniu apoiadores na avenida Goethe no início da tarde. Lideranças políticas do PL subiram ao palanque e marcaram seus discursos com críticas ao Poder Judiciário, apoio às sanções comerciais impostas pelos EUA ao Brasil, defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e elogios à família do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O deputado federal Giovani Cherini, presidente estadual do PL, insinuou fraude nas eleições de 2022 e pediu engajamento da militância para reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030. “Ganhamos a eleição em 22 e não levamos”, disse, ao classificar o Supremo Tribunal Federal como responsável por um julgamento de “cartas marcadas”. Cherini ainda chamou de “traidores” ex-aliados que se afastaram do ex-presidente.
No mesmo palanque, o deputado federal Bibo Nunes (PL) atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou a atuação da Justiça brasileira, afirmando que as instituições nacionais vivem um momento de “politização” e “vergonha”.
Atos semelhantes ocorreram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Na Avenida Paulista, militantes de direita estenderam uma bandeira dos Estados Unidos de grandes proporções, cena que foi alvo de críticas da oposição, que classificou o gesto como afronta à soberania nacional. No Rio, os discursos também reforçaram o apoio a Bolsonaro e os ataques às instituições democráticas.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper