Vai-se o “Velho”, lentamente,
Contando o tempo que resta.
Porque o início da festa
São seus instantes finais.
Os fogos darão sinais
Que findou sua jornada.
Sua hora está marcada
E nem um minuto a mais.
Mas ficam dessa passagem
As marcas de seus legados:
Projetos inacabados
E sonhos pela metade.
Pois essa diversidade
É um misto de nostalgia,
Inquietudes, alegrias,
Tristeza, alento, saudade.
Vem o “Novo”, em festejos
Alimentando esperanças,
Semeando ao mundo a confiança
Que todo o bem vem após.
Conquistas não vêm a sós,
Com os anos aprendamos
Que aquele bem que sonhamos
Depende muito de nós.
Tem o “Novo” um desafio,
Que é de dar prosseguimento
Ao que está em andamento
À espera de conclusão.
Só com trabalhos e união
Que o tal de progresso vem.
Não basta pedir o bem
E dar ” Viva o Ano Novo”!
É preciso nosso povo
Usar a força que tem.
Pelo o ” Velho” que se vai
Ao Criador: Gratidão!
E ao “Novo”, em oração
Suplico prosperidade,
Benção, Luz, fraternidade
Aos “quatro cantos da Terra” …
E em vez da opressão e a guerra,
A paz para a humanidade.
Por: Luiz Onério Pereira, escritor, poeta, cronista, trovador, declamador, pajador. É Acadêmico Correspondente da APLAS/21 e da Academia de Artes e Letras de Pernambuco. Também é membro da Estância da Poesia Crioula e Acadêmico Imortal da Academia Luso-Brasileira de Letras do RS (ALBL). É sócio fundador da Associação Cruz-Altense de Trovadores José de Vargas. Foi o Autor Homenageado da 26ª Feira do Livro e 6ª Semana Literária Érico Veríssimo de 2023.