A passagem de um forte temporal pelo Rio Grande do Sul provocou interrupções no fornecimento de energia elétrica em diversas regiões do estado. Até a noite de segunda-feira (15), as intensas rajadas de vento causaram o desligamento de cerca de 254 mil pontos de energia em áreas atendidas pela CEEE Equatorial.
Conforme informações da MetSul Meteorologia, os ventos ultrapassaram os 100 km/h na Região Metropolitana de Porto Alegre. Entre os municípios mais afetados estiveram Porto Alegre, Alvorada, Viamão, Balneário Pinhal e Guaíba, onde houve registros de quedas de postes, árvores sobre a rede elétrica e danos à infraestrutura.
A distribuidora informou que o plano de contingência já estava ativo antes da chegada do temporal, com equipes mobilizadas em campo. Até o início da noite, aproximadamente 51 mil pontos tiveram o fornecimento de energia restabelecido, enquanto outros 60 mil deveriam ser atendidos ao longo das horas seguintes.
A CEEE Equatorial reforçou o alerta para que a população não se aproxime de cabos rompidos ou caídos no solo e utilize apenas os canais oficiais para registro de ocorrências, como o atendimento via WhatsApp pelo número (51) 3382-5500 ou o site da concessionária.
De acordo com balanço divulgado pela Defesa Civil estadual, ao menos 49 municípios relataram estragos em decorrência do evento climático, que foi marcado por forte ventania, chuva intensa e até queda de granizo em algumas localidades.
Os maiores acumulados de chuva registrados nas últimas 12 horas ocorreram em Bom Retiro do Sul, com 64,2 milímetros, Porto Xavier, com 57,4 milímetros, e Alpestre, com 52,4 milímetros. Já as rajadas de vento mais intensas foram registradas em Canoas, com 96,3 km/h, Rosário do Sul, com 85,3 km/h, e Porto Alegre, com 83,3 km/h.
Pela primeira vez, moradores da Região Metropolitana da Capital receberam alerta vermelho — o nível mais crítico — por meio do sistema Cell Broadcast, diretamente nos telefones celulares. Em outros municípios gaúchos, foram relatados destelhamentos de residências e estabelecimentos comerciais, queda de árvores e postes, rompimento da rede elétrica e obstruções de vias.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
