A semeadura do feijão da primeira safra permaneceu em torno de 60% da área projetada no Rio Grande do Sul, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (11). O avanço do plantio, esperado para o início de dezembro, especialmente na região dos Campos de Cima da Serra, foi adiado em razão da ausência de chuvas.
Atualmente, segundo a Emater/RS-Ascar, 51% das lavouras encontram-se em fase de crescimento vegetativo, 19% em floração, 17% em enchimento de grãos, 9% em maturação e 4% já foram colhidas. De modo geral, as lavouras apresentaram evolução considerada adequada sob os aspectos vegetativo e reprodutivo.
No entanto, o estresse hídrico vem provocando perdas de produtividade em algumas regiões do Estado. A combinação de solo seco e ondas consecutivas de calor desacelerou o desenvolvimento das plantas, ocasionou abortamento de flores e comprometeu o pegamento de vagens. Apesar disso, a entidade informou que a situação fitossanitária das lavouras manteve-se dentro dos padrões considerados desejáveis.
Para a safra atual, a Emater/RS-Ascar projetou uma área cultivada de 26.096 hectares, com produtividade média estimada em 1.779 quilos por hectare. Na região administrativa de Ijuí, a colheita teve início nas áreas menos impactadas pela falta de chuvas. Já as lavouras em floração e formação de vagens apresentaram sintomas severos de estresse hídrico, com registro de queda de flores e folhas e redução no número de vagens.
Na região de Pelotas, 74% da área prevista já havia sido semeada, sendo 44% das lavouras em fase vegetativa, 31% em florescimento, 23% em formação de grãos e 2% em maturação. Em Santa Maria, a semeadura foi concluída, com cerca de 70% das áreas em fase reprodutiva. As lavouras mais adiantadas, que representam aproximadamente 10% da área, já iniciaram a colheita, com rendimento médio estimado em 1.414 quilos por hectare.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
