De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, o plantio de soja no Rio Grande do Sul segue em ritmo lento, mesmo após a abertura do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). O atraso na semeadura é influenciado pela priorização de outras culturas, como milho e arroz, pelo adiamento intencional para evitar períodos de menor precipitação e pelas restrições de crédito enfrentadas pelos produtores.
O clima seco registrado recentemente tem favorecido o preparo do solo e a dessecação das coberturas vegetais, permitindo que os agricultores organizem maquinário e logística para iniciar a semeadura efetiva nos próximos dias. Pequenas áreas já foram implantadas na Fronteira Oeste, Missões, Noroeste e Região Central, apresentando emergência normal e vigor inicial adequado.
Para a safra 2025/2026, os dados preliminares indicam recuperação produtiva. A produtividade média estimada é de 3.180 kg/ha, com manutenção da área cultivada em 6.742.236 hectares, representando uma redução de 0,80% em relação ao ciclo anterior. A produção prevista chega a 21.440.133 toneladas, um aumento de 57,14% sobre a safra 2024/2025. A ligeira queda na área plantada é explicada pelas cotações abaixo da média histórica e pelos custos elevados dos seguros agrícolas.
Na safra 2024/2025, a soja registrou frustração produtiva, especialmente na Metade Oeste do Estado, com produtividade média de 2.009 kg/ha em 6.796.916 hectares cultivados, totalizando 13.643.936 toneladas produzidas. O cenário atual indica, portanto, uma recuperação significativa da produção, mesmo diante do início ainda incipiente do plantio.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
