O Rio Grande do Sul perdeu nesta sexta-feira (27) uma de suas maiores referências no jornalismo esportivo. Morreu aos 90 anos, em Porto Alegre, o jornalista e comentarista Ruy Carlos Ostermann. Internado desde 11 de maio no Hospital Moinhos de Vento, ele não resistiu a complicações decorrentes de uma pneumonia.
Natural de São Leopoldo, Ostermann teve uma trajetória marcante e multifacetada. Iniciou sua carreira na década de 1960 no Grupo Caldas Júnior, com passagens pela Rádio Guaíba, Folha da Tarde e Folha da Manhã. Com estilo analítico e linguagem refinada, tornou-se um dos comentaristas mais respeitados do país, acompanhando todas as Copas do Mundo de 1966, na Inglaterra, até 2014, no Brasil. Ao longo das décadas, foi a voz que explicou ao torcedor títulos inesquecíveis de Grêmio, Inter e da Seleção Brasileira.
Em 1978, ingressou no Grupo RBS, onde consolidou ainda mais sua presença como cronista esportivo. Além da comunicação, Ostermann era professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e ocupou cargos públicos relevantes. Foi eleito deputado estadual em 1982 e 1986, e assumiu as secretarias de Ciência e Tecnologia e de Educação durante o governo de Pedro Simon.
Figura de prestígio no rádio, na televisão, na política e na universidade, Ruy Carlos Ostermann construiu uma carreira marcada por inteligência, integridade e paixão pelo esporte. Deixa os filhos Cristiane, Fernanda e Felipe, além de cinco netos. Seu legado permanece na memória do jornalismo, da educação e do futebol gaúcho e brasileiro.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper