As Forças Armadas de Israel alertaram para a possibilidade de novos bombardeios ao Irã neste sábado (14), ampliando a tensão no Oriente Médio após a troca de ataques entre os dois países nas últimas 48 horas. O conflito, iniciado após bombardeios israelenses contra instalações nucleares e alvos militares iranianos na quinta-feira (12), já causou pelo menos 81 mortes, segundo dados oficiais de ambos os governos.
Na sexta-feira, Israel lançou um ataque coordenado com aviões de combate e drones, destruindo estruturas estratégicas do programa nuclear iraniano. Entre os alvos, estariam instalações de pesquisa e comando, além da morte de generais e cientistas ligados ao desenvolvimento nuclear. O embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, confirmou a morte de 78 pessoas e mais de 320 feridos, acusando os Estados Unidos de colaborarem com os ataques.
Em resposta, o Irã iniciou uma contraofensiva ainda na sexta-feira, com drones e mísseis balísticos disparados contra diversas regiões de Israel. A cidade de Tel Aviv, principal centro econômico do país, foi atingida. Segundo as autoridades israelenses, três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
O governo israelense afirmou que os ataques preventivos tinham como objetivo interromper o avanço iraniano rumo à construção de uma arma nuclear. No entanto, especialistas internacionais e o próprio governo dos Estados Unidos afirmaram que não havia sinais de que Teerã estivesse, até então, desenvolvendo ativamente um armamento nuclear.
A escalada bélica também comprometeu as negociações entre Irã e Estados Unidos, que estavam previstas para este domingo (15), em nova tentativa de retomada do acordo nuclear suspenso em 2018. Fontes diplomáticas revelaram que as conversas, agora, correm o risco de serem adiadas ou até canceladas diante da gravidade dos últimos acontecimentos.
O mundo acompanha com atenção a escalada do conflito, que aumenta o risco de um confronto direto mais amplo no Oriente Médio e ameaça desestabilizar ainda mais a já delicada geopolítica da região.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper