Por: NELSON JOSÉ WEBER – Capitão Ref do Exército. Licenciatura em Educação Física. Sargento ART/73. Comandos/78. Medalha Mal Hermes CAS/80.
A nossa passagem por aqui agora é uma constante sala de aula. Nós somos o que aprendemos. Os erros decorrem da ignorância e diante dessa imensidão torna-se inevitável o desvio. Não há nada mais importante e o processo de quem ensina e o de quem aprende reveste-se de tal grandeza e significado, sabidamente capaz de dar sentido à vida.
À primeira vista, quando jovens deveríamos poder desfrutar de todo conhecimento adquirido ao longo dos anos pelos velhos, fruto da experiência acumulada. Teríamos a junção do vigor físico com a expertise e à medida que avançássemos na idade iríamos declinando física e mentalmente, em suave transição ao fim.
Por alguma razão a escolha do processo da nossa existência, não se deu assim. Alguma razão existe para que enquanto o físico definha, em contrapartida, a mente se expanda. Parece querer nos orientar, indicando que aqui estamos de passagem, embora curta, mas rica em oportunidades para evoluirmos. Cotidianamente nos deparamos com situações em que a escolha se faz presente. Sucessivos dilemas nos surpreendem e assim durante toda nossa trajetória vamos escolhendo caminhos e construindo a essência individual, que transcende as meras biografias.
Pelo visto, há algo mais relevante do que a dualidade dicotômica, corpo e mente. Intuitiva ou qualquer que seja a percepção, nos inclinamos a constatar, que definitivamente existe algo mais. É evidente, que em cada ato por nós praticado, reveste-se de auréola particular. São os rastros indeléveis, que deixamos durante nossa caminhada. Isso é único, o que nos diferencia e individualiza. E essa essência, terceiro elemento capaz de alavancar e dar uma outra dimensão e que podemos denominar por alma, faz toda a diferença e nos remete a uma inequívoca transcendentalidade.
Tudo são ritos de passagem, nada é estanque e sempre podemos mudar. Se buscarmos a essência das coisas e formos fragmentando corpos em moléculas, átomos e continuando chegaremos à menor partícula, que é luz. Somos constituídos de luz. Então, da luz viemos e para ela iremos. Nosso passado foi luz assim como nosso futuro. Essa é a metáfora da vida, a busca da luz. Nessa trajetória, com certeza iremos no infinito nos unir à Luz maior, fazendo jus a nossa semelhança. Desejo a todos, que a Luz ilumine os novos caminhos, neste ano que se inicia…