A um ano das eleições gerais de 2026, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou nesta quinta-feira (2) o processo de abertura dos códigos-fonte da urna eletrônica para inspeção por entidades fiscalizadoras. A cerimônia, realizada na manhã desta quinta, marca o início de um período em que partidos políticos, o Congresso Nacional, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público (MP) e a Polícia Federal (PF), entre outros órgãos cadastrados, poderão auditar e acompanhar o funcionamento do sistema eleitoral até setembro de 2025.
Segundo a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, a medida reforça a transparência e a segurança do processo eleitoral. “Tem que ser mostrado e demonstrado permanentemente que está tudo aberto, não apenas o código-fonte, mas apresentado para que possa eventualmente ser questionado e aproveitado em sugestões”, afirmou. Ela ressaltou que, embora a urna eletrônica seja considerada inexpugnável, isso não significa que seu funcionamento seja um mistério.
Cármen Lúcia destacou ainda que a urna eletrônica é uma obra humana e, por isso, passível de aperfeiçoamento. “É exatamente porque estamos nesse processo de aprimoramento que, a cada ano eleitoral, a um ano das eleições, se abre este ciclo de transparência democrática”, disse.
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente, detalhou que o sistema eleitoral informatizado possui 40 oportunidades de fiscalização e auditoria ao longo do processo. “Todos os sistemas que são lacrados têm o seu código-fonte aberto. E o mais importante: a cada operação realizada nesses sistemas, eles são replicados para um ambiente de fiscalização, permitindo que uma entidade fiscalizadora, como um partido político, acompanhe todas as alterações desde hoje até o momento da assinatura digital”, explicou.
A iniciativa reforça o compromisso do TSE com a transparência e a segurança do processo eleitoral, buscando garantir confiança pública na integridade das eleições e na confiabilidade das urnas eletrônicas utilizadas em todo o Brasil.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper