A última reunião de líderes antes do recesso parlamentar, marcada para esta terça-feira (15) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, promete ser tensa e marcada por descontentamentos. Na sexta-feira (11), o governo estadual protocolou um pacote com 12 projetos em regime de urgência, o que gerou reações entre parlamentares da base e da oposição.
Entre as propostas apresentadas estão temas sensíveis, como a concessão de novos benefícios fiscais, a criação de Funções Gratificadas e alterações na gestão do caixa único do Estado. Como foram protocoladas com urgência, as matérias passarão a trancar a pauta do plenário poucos dias após o fim do recesso legislativo, que se encerra no início de agosto.
A estratégia do governo é tentar um acordo com os líderes partidários para viabilizar a votação das propostas logo nos primeiros dias de agosto. Mesmo que o entendimento não seja alcançado nesta terça, a tendência é que as análises ocorram ainda na primeira quinzena do mês.
Além do pacote, dois temas continuarão mobilizando os parlamentares durante o recesso, em especial nos contatos com suas bases. Um deles é o chamado bloco 2 de concessões, que, apesar de ter sido ajustado pelo Executivo após audiências públicas e sugestões de aliados, ainda enfrenta resistência tanto da oposição quanto de deputados governistas. O governador Eduardo Leite, no entanto, mantém firme a intenção de levar a proposta adiante.
Outro ponto que deve ganhar força nas articulações políticas são as iniciativas em andamento que buscam barrar — ou, ao menos, constranger — ações de poderes e órgãos que vêm concedendo benefícios e vantagens sem aval do Legislativo e, segundo críticas, em descompasso com a realidade fiscal do Estado.
O cenário indica um segundo semestre legislativo movimentado e com debates intensos sobre temas estruturais para o futuro financeiro do Rio Grande do Sul.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper