O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta semana, confirma que a semeadura do trigo no Rio Grande do Sul está tecnicamente encerrada. Segundo o levantamento, restam apenas áreas pontuais a serem finalizadas, o que não compromete o cronograma da safra. Conforme a instituição, os trabalhos de campo ocorreram dentro do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), o que garante a conformidade técnica e o bom andamento da cultura.
As chuvas registradas nos dias 26 e 27 de julho foram determinantes para reverter o quadro de déficit hídrico observado no início do mês. “As lavouras implantadas na segunda semana de julho, que apresentavam emergência lenta devido à falta de umidade, foram uniformizadas após a recarga hídrica, garantindo população de plantas próxima ao ideal”, destaca o boletim.
De acordo com a Emater/RS-Ascar, as lavouras semeadas entre o final de maio e junho estão, em sua maioria, na fase de perfilhamento, com algumas iniciando a elongação do colmo. As demais seguem em desenvolvimento vegetativo, com boa homogeneidade no porte das plantas. O estande final é considerado satisfatório, exceto em áreas afetadas por erosões superficiais, onde a emergência foi comprometida, resultando em menor densidade de plantas.
Antes da chegada das precipitações, os produtores realizaram adubações nitrogenadas em cobertura e o controle de plantas daninhas em lavouras mais recentes. Nas áreas com desenvolvimento mais avançado, os tratos culturais foram concluídos, com destaque para a aplicação de fungicidas voltados ao controle de manchas foliares.
A área estimada com trigo nesta safra no Rio Grande do Sul é de 1.198.276 hectares, com uma produtividade média projetada de 2.997 quilos por hectare.
Mercado mantém preços estáveis
No cenário de comercialização, a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema) divulgou que os preços do trigo mantiveram-se estáveis no Brasil. No Rio Grande do Sul, a cotação segue em R$ 70,00 por saca nas principais praças, com média estadual de R$ 69,62 — o menor valor registrado em longo período. No Paraná, observa-se um viés de baixa, com cotação média de R$ 76,00 em Marechal Cândido Rondon, e de R$ 78,00 em outras regiões.
Enquanto o plantio se encerra no Sul do país, estados como Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais já iniciaram a colheita da safra 2025.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper