Novas informações do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado foram reveladas nesta segunda-feira, 11/08, com base em mensagens, anotações e documentos encontrados no celular do coronel da reserva Flávio Peregrino, que atuava como assessor do general Walter Braga Netto. Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, o material indica o incômodo dos militares com a estratégia do ex-presidente Jair Bolsonaro de culpá-los pelas ações golpistas.
O conteúdo extraído pela Polícia Federal (PF) mostra Peregrino destacando que Bolsonaro liderava as articulações relacionadas ao golpe, e que o apoio dos militares teria ocorrido porque o ex-presidente pretendia permanecer no poder a todo custo.
O jornal procurou a defesa de Braga Netto, que optou por não se manifestar. A defesa de Bolsonaro não respondeu aos questionamentos, enquanto o advogado de Peregrino, Luis Henrique Prata, afirmou que as anotações foram feitas “com base na liberdade de expressão e no contexto de assessoria de um dos envolvidos”, ressaltando que o foco era “a lealdade dos militares na busca por soluções constitucionais naquele período”.
O prazo para que Jair Bolsonaro e outros seis réus apresentem suas alegações finais no inquérito da trama golpista junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) termina nesta quarta-feira (13). Essa etapa marca a última fase da ação penal antes do julgamento.
Após o recebimento das alegações finais, o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, poderá agendar o julgamento do núcleo 1 do caso. Fontes indicam que Moraes deverá conceder um mês para que os demais ministros da Corte analisem o material antes do início do julgamento.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper