A comercialização de soja no Rio Grande do Sul manteve ritmo cauteloso nesta segunda-feira (14), sem novas referências spot. Para pagamento em 15 de outubro e entrega ainda neste mês, o preço no porto foi reportado a R$ 135,00 por saca, enquanto no interior as cotações permaneceram em torno de R$ 130,00/sc em municípios como Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz, todos com liquidação prevista para 30 de outubro. Já em Panambi, o mercado físico apresentou uma queda mais acentuada, com o preço de pedra recuando para R$ 120,00/sc, indicando maior resistência local à movimentação de compra.
Em Santa Catarina, os preços permanecem firmes, sustentados pela demanda interna e pela força da agroindústria, especialmente do setor de proteína animal, que mantém o consumo de grãos destinados à produção de ração. O equilíbrio entre consumo doméstico e menor dependência das exportações ajuda o estado a reduzir a exposição às oscilações externas. No porto de São Francisco do Sul, a saca é cotada a R$ 138,11, com alta de 0,67%.
No Paraná, o foco nas atividades de plantio reduziu a liquidez do mercado físico, que segue estável. Em Paranaguá, o preço chegou a R$ 139,55/sc, enquanto em Cascavel e Maringá a saca foi negociada a R$ 129,13 (+0,19%). Em Ponta Grossa, o valor foi de R$ 130,11 (+0,12%), e em Pato Branco, de R$ 138,11 (+0,57%). No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 120,00/sc.
No Mato Grosso do Sul, o avanço no plantio da safra 2025/26 já atinge 14% da área semeada até 11 de outubro. As cotações do dia indicam estabilidade: Dourados e Campo Grande registraram R$ 121,84/sc (+0,03%), Maracaju também R$ 121,84/sc (+0,03%), Chapadão do Sul R$ 120,31/sc (+0,05%), e Sidrolândia R$ 121,84/sc (+0,03%).
Já o Mato Grosso segue avançando com força no plantio, que já alcança 21,22% da área projetada para a safra 2025/26. As cotações apresentaram leves variações: Campo Verde, Primavera do Leste e Rondonópolis registraram R$ 121,64/sc (-0,15%), enquanto Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso tiveram preços em torno de R$ 118,84/sc, com recuo de até 0,59%.
O cenário nacional indica mercado físico estável, com produtores priorizando o avanço do plantio e mantendo postura cautelosa diante da volatilidade cambial e das incertezas climáticas.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper