O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) investiga, neste início de junho, seis casos suspeitos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em diferentes estados do país. A atualização foi divulgada neste domingo (8) pela Plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves. Nenhuma das ocorrências em análise envolve granjas comerciais, restringindo-se a criações domésticas e animais silvestres.
Entre os focos sob investigação, três envolvem aves domésticas: galinhas nos municípios de Itaituba (PA), Novo Cruzeiro (MG) e Alegre (ES). Já os casos em animais silvestres incluem um pombo em Santo Antônio do Monte (MG), um carcará em Florestal (MG) e um albatroz-de-sobrancelha encontrado em Angra dos Reis (RJ).
Além das investigações, o Mapa confirmou um novo caso da doença em Campinápolis (MT), em uma galinha de criação doméstica. Apesar da confirmação, o foco não compromete as exportações brasileiras de carne de frango, pois não envolve produção industrial.
Desde maio de 2023, quando foi registrado o primeiro caso em ave silvestre no Brasil, o país já realizou mais de 2,5 mil investigações de suspeitas de gripe aviária. Ao todo, 172 casos foram confirmados, sendo 167 em animais silvestres — com destaque para aves e leões-marinhos —, quatro em criações de subsistência e apenas um em granja comercial, em Montenegro (RS), no Vale do Caí.
O Mapa ressalta que a notificação de suspeitas da doença é obrigatória e deve ser imediata aos órgãos oficiais de defesa sanitária. Produtores rurais, técnicos, prestadores de serviço e demais envolvidos com a criação de animais devem acionar o Serviço Veterinário Oficial (SVO) ao identificarem sintomas compatíveis com a doença.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper