A colheita da mandioca na região administrativa de Soledade avança em ritmo acelerado, com agricultores dedicados à seleção e ao armazenamento das ramas que serão usadas na multiplicação das plantas para o próximo ciclo, conforme divulgado pela Emater/RS-Ascar. Para evitar contaminações por bacterioses, muitos produtores têm comprado mudas provenientes de áreas livres dessas doenças.
No entanto, a pressão do mercado pesa sobre os preços da mandioca. Em Mato Leitão, por exemplo, a caixa de 22 quilos é vendida entre R$ 20,00 e R$ 25,00, e a expectativa é de novas quedas nos valores, conforme alerta o boletim da Emater.
Enquanto isso, em Santa Rosa, o frio intenso já compromete o desenvolvimento da cultura. Como planta tropical, a mandioca sofre redução na atividade metabólica com temperaturas baixas, afetando o crescimento das plantas e a fotossíntese. Na Fronteira Noroeste e nas Missões, onde os termômetros chegaram a marcar 5°C ou menos, o risco de geadas leves preocupa os técnicos.
As geadas podem causar danos diretos nas folhas e nos ramos da mandioca, endurecer a casca da raiz e comprometer a qualidade e a produtividade da safra seguinte. Apesar do frio, o tempo seco tem mantido o solo firme, facilitando os tratos culturais e ajudando a evitar doenças fúngicas que poderiam agravar ainda mais a situação das lavouras.
O cenário exige atenção dos produtores para minimizar os impactos do frio e preservar a qualidade da mandioca, garantindo a continuidade da produção mesmo diante das adversidades climáticas.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper