Uma mulher de 24 anos foi presa em Campo Grande (MS) por aplicar golpes de estelionato em Cruz Alta. Segundo a Polícia Civil, a jovem subtraiu mais de R$ 500 mil nos crimes e fazia uso de “elaborada engenharia social” para enganar as vítimas.
A investigação começou através da 1ª Delegacia de Polícia de Cruz Alta e identificou que a mulher frequentava clubes de Pádel da cidade com o intuito de fazer amizade com as vítimas. Quando “conquistava” as pessoas, ela oferecia promessas de lucros no mercado muito acima e mais rápido do normal através de empresa com sede em Cruz Alta que seria importadora de bebidas.
A suspeita tinha uma sala comercial no centro da cidade, o que, segundo a Polícia Civil, servia para dar mais credibilidade aos crimes.
Segundo a Polícia Civil, o golpe funcionava da seguinte forma:
* a vítima fazia um primeiro depósito para entrar no esquema de lucros prometido pela golpista
* em seguida, a suspeita devolvia o valor junto com mais uma parcela, que seria o lucro, o que dava credibilidade para que pudesse pedir mais dinheiro
* em seguida, a mulher colocava outra pessoa em contato com a vítima, que seria um contato de FreeShop na fronteira com a Argentina, para dar ainda mais veracidade ao golpe.
Com tantas camadas, as vítimas acabavam envolvidas no esquema da suspeita é enviavam mais dinheiro para a estelionatária, que embolsava todo o valor, disse a Polícia Civil. A estimativa é que os valores subtraídos ultrapassem os R$ 500 mil.
Também há registro de uma camionete alugada pela mulher de uma das vítimas de Cruz Alta, que nunca foi devolvida. Ao longo da investigação, a polícia descobriu que ela vendeu o veículo mesmo sem documento ou procuração, na cidade de Passo Fundo. A camionete foi recuperada em junho e devolvida à vítima.
Ao monitorar a suspeita, a polícia encontrou a mulher em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Parte dos valores oriundos dos golpes foi bloqueada. “Outras medidas continuam sendo tomadas para recuperar o dinheiro das vítimas”, disse a Polícia Civil.
A 1ª Delegacia de Polícia de Cruz Alta segue investigando o fato e outros suspeitos do crime.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH