Um ataque criminoso destruiu parte da sede do Grande Oriente do Ceará (GOCE), confederado à COMAB, na noite de quinta-feira, 26/06, em Fortaleza. De acordo com relatos de membros da instituição, por volta das 23h40, criminosos arremessaram coquetéis molotov contra o prédio principal da maçonaria cearense, provocando um incêndio de grandes proporções que consumiu salas, móveis, estandartes e documentos históricos.
Além dos danos estruturais, o atentado atingiu o coração simbólico da Ordem: paramentos cerimoniais, comendas, registros fotográficos de mais de um século, honrarias e documentos raros foram destruídos pelas chamas. O prejuízo não é apenas material, mas cultural e institucional, afetando diretamente a memória maçônica do Estado.
No local do crime, foram encontradas mensagens com conteúdo ofensivo e de intolerância religiosa, revelando o caráter ideológico e persecutório da ação. A maçonaria, constantemente alvo de desinformação e ataques infundados, vê neste atentado um sinal alarmante da escalada de ódio contra instituições laicas e discretas que há séculos contribuem com ações filantrópicas e formativas no Brasil.
— Este ataque não destruiu apenas paredes. Ele feriu nossa história, nossa dignidade e o que temos de mais simbólico. O que vimos foi um ato covarde de ódio religioso e ignorância — declarou um membro da GOCE que esteve no local após o incêndio.
Desde o ocorrido, manifestações de repúdio e solidariedade têm sido registradas em todo o país. Obediências maçônicas de diversos Estados prestaram apoio ao GOCE, exigindo uma investigação célere e punição exemplar aos responsáveis. Para os irmãos cearenses, o silêncio diante de um atentado como este representa conivência com a intolerância.
O caso já está sendo investigado, e as lideranças da maçonaria aguardam uma resposta firme das autoridades estaduais e federais. Enquanto isso, o sentimento predominante entre os maçons é de indignação e resistência: reconstruir a sede, preservar a história que restou e não se calar diante da violência disfarçada de fanatismo.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper