A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 25 de julho, que a bandeira tarifária para o mês de agosto será a vermelha patamar 2, o nível mais elevado do sistema, com cobrança adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa é a primeira vez desde outubro de 2024 que o patamar 2 é acionado.
Segundo a Aneel, o principal fator que motivou a medida foi a queda nas afluências às hidrelétricas em todo o país, o que gerou uma redução na geração de energia por essa fonte e a consequente necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que possuem custo mais elevado. O cenário já vinha sendo monitorado por agentes do setor, que esperavam a adoção da tarifa mais alta.
Desde junho, a bandeira em vigor era a vermelha no patamar 1, com adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh. A mudança para o patamar 2 já vinha sendo projetada por empresas como a Armor Energia, especializada em soluções para o mercado livre, que previa a possibilidade de revisão da medida em setembro, a depender da situação dos reservatórios.
O aumento no custo da energia elétrica residencial já impacta a inflação. No IPCA-15 de julho, o subitem de energia teve alta de 3,01%, sendo o maior responsável pelo avanço do índice, com contribuição de 0,12 ponto percentual.
Outro fator que influenciou a decisão foi o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que é o valor de referência da energia comercializada no mercado de curto prazo. Além disso, a piora das projeções de chuva desde fevereiro elevou o risco hidrológico (GSF), pressionando ainda mais os custos do setor elétrico.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
