O agronegócio segue como principal motor da economia do Rio Grande do Sul, respondendo por cerca de 40% do Produto Interno Bruto estadual. O dado consta na revista Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2025, lançada nesta terça-feira, 02/09, no estande do Governo do Estado, no Pavilhão Internacional da 48ª Expointer. Elaborada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a publicação reúne informações detalhadas sobre a diversidade produtiva, os gargalos e as perspectivas do setor.
Com 43 páginas e disponível em português e inglês, a Radiografia apresenta dados coletados entre 2024 e 2025 sobre 65 culturas agrícolas, entre grãos, frutas e hortaliças, além das principais cadeias pecuárias, como bovinos de corte e leite, suínos, aves, ovinos, caprinos, bubalinos, equinos, apicultura e piscicultura. O estudo também traz análises sobre irrigação, armazenagem de grãos, importações e exportações, oferecendo um panorama completo da agropecuária gaúcha.
De acordo com o titular da Seapi, Edivilson Brum, a diversidade produtiva garante segurança alimentar, movimenta a economia e fortalece o setor agroindustrial, além de atrair interesse internacional. “Essa vitalidade assegura não apenas a produção primária, mas também o potencial de transformação em produtos de maior valor agregado. A publicação oferece maior previsibilidade ao produtor e contribui para um planejamento mais estratégico das cadeias produtivas”, afirmou.
O chefe da Divisão Agropecuária do Departamento de Governança e Sistemas Produtivos da Seapi, Paulo Lipp João, destacou que a revista existe desde 2019 e reúne informações sobre as principais culturas do Estado. “É um panorama completo da nossa realidade produtiva, agora também disponível em inglês, ampliando o alcance da publicação”, disse.
Mesmo diante de impactos climáticos recentes, o Rio Grande do Sul manteve protagonismo na produção nacional de grãos, carnes e lácteos. O Estado segue líder na produção de arroz, soja e milho, com expectativa de recuperação após perdas recentes, e se consolida entre os maiores produtores de carne bovina, suína e de frango, além de leite, reforçando seu papel como um dos principais fornecedores de proteínas do país.
O estudo, no entanto, aponta entraves que limitam a competitividade do setor, como a dependência das condições climáticas, os gargalos logísticos e a necessidade de linhas de crédito mais acessíveis e estáveis para os produtores. A Radiografia projeta retomada do crescimento em 2025, impulsionada por investimentos em inovação tecnológica, pesquisa e diversificação de mercados. A abertura de novas frentes de produção e a valorização de cadeias como olivicultura e fruticultura são apontadas como caminhos para ampliar a base econômica e agregar valor às exportações.
Além da relevância econômica, a publicação enfatiza o papel social e estratégico da agropecuária para o desenvolvimento sustentável do Estado, reforçando a importância de políticas públicas e parcerias que garantam competitividade e resiliência ao setor. O estudo contribui ainda para o fortalecimento do planejamento governamental e da atuação dos produtores rurais, permitindo decisões mais fundamentadas e estratégicas para o futuro do agronegócio gaúcho.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper