O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, se reuniram nesta sexta-feira (15) no Alasca, em território norte-americano, para discutir a guerra na Ucrânia. O encontro, que durou quase três horas, terminou sem acordo formal, embora ambos tenham classificado a conversa como produtiva.
Putin destacou que as negociações ocorreram em um ambiente “construtivo e mutuamente respeitoso” e afirmou esperar que o entendimento pavimente “o caminho da paz na Ucrânia”. Ele também ressaltou a relação de irmandade entre russos e ucranianos e convidou Trump para uma nova reunião em Moscou.
Já Trump declarou que o diálogo foi “muito produtivo” e que restam “muito poucos temas” a resolver, prometendo ligar ao presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, para relatar os avanços. “Sempre tive uma relação fantástica com o presidente Putin”, disse o republicano.
A chegada dos dois líderes foi marcada por grande simbolismo. Putin desembarcou pela primeira vez nos Estados Unidos desde 2015 e foi recebido por Trump em um tapete vermelho, em uma base militar do Alasca. O encontro ocorreu sob o slogan “Em Busca da Paz”, estampado no local da reunião, que contou com ministros e assessores de alto escalão das duas potências.
Durante o encontro, os líderes trataram sobre um possível cessar-fogo e as condições para encerrar a guerra. Trump pressiona Moscou a recuar, enquanto a Rússia insiste em manter a exigência de anexação de 20% do território ucraniano, condição rejeitada por Zelensky.
Horas antes da reunião, o presidente ucraniano publicou um vídeo acusando Moscou de “seguir matando na Ucrânia” e pediu uma posição mais firme dos Estados Unidos. “As matanças precisam parar. Uma paz duradoura é necessária”, disse Zelensky.
Embora sem acordo imediato, o encontro sinalizou um esforço de aproximação entre Trump e Putin, reacendendo a expectativa de negociações multilaterais que envolvam diretamente a Ucrânia.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper