Texto: Um surto de raiva herbívora provocou a morte de 24 bovinos e um equino na comunidade de Rincão dos Antunes, interior do município de Eugênio de Castro, nas Missões. A informação foi confirmada pela Fiscal Estadual Agropecuária Carina de Moura Fernandes, da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
De acordo com a fiscal, o material do cérebro de um dos animais foi coletado no dia 4 de outubro, e o resultado laboratorial, emitido no último dia 13, confirmou a presença do vírus da raiva. A análise foi realizada pelo laboratório oficial da Seapi, em Porto Alegre.
“Trata-se de um ataque de morcegos-vampiros na propriedade. É fundamental que os pecuaristas do município procurem imediatamente a inspetoria veterinária para realizar a vacinação do seu rebanho”, alertou Carina de Moura Fernandes.
A raiva herbívora é uma doença viral fatal que afeta bovinos, equinos e ovinos, sendo transmitida pela mordida de morcegos hematófagos, espécies que se alimentam de sangue. A enfermidade é considerada uma zoonose, o que significa que também pode ser transmitida aos seres humanos.
Segundo a Seapi, o alerta sanitário para raiva herbívora está ativo desde fevereiro deste ano em todo o Rio Grande do Sul. Colônias de morcegos-vampiros têm sido encontradas em diversas áreas rurais, especialmente nas regiões Norte e Missões. Os casos mais recentes haviam sido registrados em maio, quando dois novos focos foram identificados no Norte gaúcho.
A Fiscal Estadual reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção e deve ser aplicada anualmente. Além disso, recomenda que produtores rurais comuniquem imediatamente à inspetoria veterinária qualquer caso de morte súbita ou de animais apresentando sintomas neurológicos, como salivação excessiva, dificuldade para se levantar ou movimentos descoordenados.
Equipes da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Eugênio de Castro estão acompanhando a situação e intensificando as ações de vigilância na região para evitar novos focos. A Seapi também orienta a população a não manipular animais mortos ou com sinais suspeitos, devendo sempre buscar orientação veterinária. O caso segue sendo monitorado pelas autoridades sanitárias estaduais.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper