Em um cenário global de desafios econômicos e climáticos, o Rio Grande do Sul consolida um novo modelo de crescimento que combina inovação, geração de investimentos e responsabilidade ambiental. Um ano após o lançamento do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, o Estado apresenta resultados que reforçam a estratégia de construir uma economia mais resiliente e alinhada à descarbonização.
Dados do Inventário Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa mostram que o Rio Grande do Sul reduziu 26,8% das emissões líquidas e 23,1% das emissões brutas entre 2021 e 2023. A redução está diretamente ligada a políticas que integram desenvolvimento econômico e sustentabilidade, como a expansão de energia limpa e ações voltadas à adaptação climática.
Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), em conjunto com a Casa Civil, o plano possui três pilares centrais: crescimento econômico, inclusão e sustentabilidade. Ele se estrutura a partir de cinco habilitadores, capital humano, ambiente de negócios, inovação, infraestrutura e recursos naturais, que orientam a construção de um Estado mais competitivo e preparado para enfrentar eventos extremos.
“O Rio Grande do Sul está mostrando que é possível crescer emitindo menos. Ao tornar nossa economia mais resiliente, estamos protegendo a renda, o emprego e a vida das pessoas”, afirmou o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
No eixo de recursos naturais, o Estado trabalha para ampliar a resiliência climática e promover a descarbonização. Entre as iniciativas estratégicas, duas se destacam:
Transição energética e descarbonização da indústria
A Iniciativa 38 prevê a criação e implementação do Plano Estadual de Transição Energética e Descarbonização. O edital do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde (H2V), lançado com investimento superior a R$ 100 milhões, torna o Rio Grande do Sul pioneiro no fomento à indústria de baixo carbono no país. A seleção das empresas vencedoras, divulgada em 31 de outubro, reforça o compromisso com a neutralidade climática e incentiva a geração de emprego e renda por meio da industrialização de soluções limpas.
Monitoramento climático para prevenir desastres
Já a Iniciativa 40 amplia o monitoramento hidrometeorológico no território gaúcho, com a instalação de 130 estações para medir níveis de rios, ventos, chuva, temperatura e umidade. Até o momento, 30 unidades já estão em operação, e o sistema completo deve ser disponibilizado ao público até dezembro, por meio da plataforma da Agência Nacional de Águas. A ampliação do sistema permite prever eventos extremos com maior precisão, reduzindo riscos e protegendo a infraestrutura produtiva.
Institucionalizado pelo Decreto nº 58.274, o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável se consolida como política de Estado, com metas de longo prazo voltadas à redução de desigualdades, geração de oportunidades e atenção constante ao equilíbrio ambiental. A estratégia reforça a posição do Rio Grande do Sul como referência no debate sobre economia verde e adaptação climática no Brasil.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
