Por: João Victor Costa Dos Santos, Estudante de Arquitetura e Urbanismo e Ciência Política. Secretário Executivo e Representante Estadual pelo RS do Instituto Brasileiro de Estudos Monarquistas – IBEM
No meu tempo de escola, mais especificamente na 2ª série do Fundamental, uma das primeiras coisas naquele ano foram os hinos nacional, estadual e municipal, bem como recebi os primórdios do ensino da história da minha terra natal e do estado. Foi nesta época que pude desenvolver um senso de orgulho e pertencimento ao meu município de nascimento e ao estado do Rio Grande do Sul. Entendi que, apesar dos problemas presentes, havia também muito do que se orgulhar e admirar também. No entanto, o mesmo não aconteceu com minha percepção com o Brasil. Embora a história brasileira seja vasta, em geral na história vemos apenas um fragmento, sendo este fragmento algo tão superficial que sequer se consegue criar um vínculo pessoal em ser brasileiro.
Essa é a percepção da maioria das pessoas hoje: a falta de uma identidade nacional que os reconheça como povo brasileiro. E essa carência tem causado cada vez mais consequências desastrosas para a sociedade como um todo. Nossa cultura é cada vez mais superficial, nossa educação é cada vez mais desprezada e nossa política cada vez mais corrupta. Para alguém que vive em 2025 na situação caótica do Brasil, é difícil pensar que um dia já fomos uma nação estável, com pleno potencial de crescimento e ascensão internacional.
Desde as manifestações de 2013, o povo cada vez mais demonstra o cansaço com a governança do Brasil. Isso abriu espaço para que outras ideias políticas pudessem florescer. Dentre as várias ideias que surgiram, uma tem se tornado cada vez mais popular, especialmente entre os jovens: a restauração da monarquia.
Ao longo desses últimos anos, muitas empresas de mídia, políticos e influenciadores tem incentivado o resgate histórico do país. Vários documentários retratando o passado monárquico do Brasil e sua interrupção com o golpe republicano tem alimentado o anseio por estabilidade e identidade nacional, através da mudança do sistema de governo e o retorno à monarquia constitucional. Pessoas como o mineiro Jonathan Motta e movimentos como o Movimentos Dom Pedro II e o IBEM – Instituto Brasileiro de Estudos Monarquistas, surgiram a partir desse resgate cultural e a busca por um Estado Brasileiro sólido e firmemente ligado aos pais fundadores.
É notório que, cada vez mais que o Brasil enfrenta mais crises, maior é o anseio desse povo ferido por uma mudança definitiva. Mas seja a monarquia ou qualquer outro sistema de governo, para que a mudança ocorra de forma fundamentada, é necessário o resgate histórico do que nos tornou brasileiros, para que saibamos e reconheçamos o trabalho e dedicação de tantas personalidades como Carlos Gomes, José Bonifácio, José do Patrocínio e os Imperadores Dom Pedro I e II, que deram suas vidas para manter a unidade, a independência e a proeminência internacional do país.