O publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, voltou a negar o assassinato da companheira, Brasilia Costa, de 65 anos, mas admitiu ter deixado parte do corpo dela em uma mala na Rodoviária de Porto Alegre. O investigado foi ouvido ao longo desta quarta-feira (10) no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em um depoimento que durou mais de seis horas.
Segundo a polícia, Jardim manteve a versão já apresentada no momento de sua prisão, em 4 de setembro, quando alegou que a vítima teria morrido após um mal súbito. De acordo com ele, o temor de ser responsabilizado pela morte o levou a esquartejar o corpo. Investigadores afirmam, no entanto, que durante a oitiva o publicitário apresentou algumas alterações em relação ao primeiro relato, mas continuou negando qualquer envolvimento direto no homicídio.
Ainda de acordo com a apuração policial, Jardim teria admitido que forrou o chão de uma pousada na zona Norte de Porto Alegre, onde vivia e também era vizinho de Brasilia, para abafar possíveis ruídos durante o esquartejamento. A perícia aponta que uma serra elétrica foi utilizada no ato.
Desde o último domingo (7), Jardim cumpre prisão preventiva na Penitenciária Estadual de Charqueadas II, após passar três dias no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp). Ele chegou a ser apresentado em audiência de custódia, com atuação da Defensoria Pública, que assumirá sua defesa caso ele não constitua advogado particular.
Atualmente, o detento permanece em uma cela isolada, na ala de triagem da unidade prisional, onde deverá permanecer por pelo menos dez dias, conforme determina o protocolo. A investigação segue em andamento no DHPP, enquanto a defesa ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper