Uma professora de 50 anos foi indiciada nesta quarta-feira, 01/10, por lesão corporal e maus-tratos contra um menino de apenas um ano, em São Leopoldo, no Vale do Sinos. O caso ocorreu no final de agosto na Escola de Educação Infantil Estação da Criança, onde a mulher trabalhava. Segundo a Polícia Civil, a docente teria deslocado o braço da criança ao puxá-lo com força.
Após o ocorrido, a Secretaria Municipal de Educação informou que a professora foi demitida da creche, instituição privada conveniada com a prefeitura, e que foram oferecidos suporte pedagógico e acolhimento psicossocial à vítima. A direção da escola também divulgou uma nota oficial repudiando o episódio.
Os primeiros a desconfiar da agressão foram os próprios pais da criança. No dia 20 de agosto, ao buscar o filho na creche, eles perceberam que o menino chorava excessivamente e demonstrava sinais de dor. Uma avaliação médica especializada constatou o deslocamento no antebraço direito, diagnóstico confirmado pelo laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
O delegado André Serrão, interino da 1ª DP de São Leopoldo, explicou que a investigação revelou um padrão de conduta inadequada e agressiva por parte da professora, que até então não possuía antecedentes. Após a denúncia inicial, outros pais registraram ocorrências semelhantes envolvendo a docente, todas com vítimas menores de dois anos.
“Os pais relataram que as crianças apresentavam mudanças significativas de comportamento, tornando-se mais agressivas, chorosas e reagindo negativamente a repreensões em casa. Alguns menores chegaram a demonstrar medo da professora”, detalhou o delegado.
Segundo Serrão, a diretora da creche forneceu imagens do sistema de monitoramento interno. “O relatório de análise de vídeos demonstra claramente a conduta inapropriada da professora. Os registros mostram a mulher empurrando, puxando e jogando as crianças no chão, com uso de força excessiva”, afirmou.
A professora foi chamada para prestar depoimento, mas permaneceu em silêncio durante a oitiva. Ela responde ao processo em liberdade. O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se apresentará denúncia formal à Justiça.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Correio do Povo