A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu nesta quarta-feira, 03/09, as investigações contra um professor de 43 anos, suspeito de crimes sexuais contra alunos de uma escola municipal de São Leopoldo, no Vale do Sinos. O homem, que não teve o nome divulgado, foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável em 17 inquéritos policiais. O caso foi investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de São Leopoldo e os autos foram remetidos ao Poder Judiciário.
O professor atuava em uma instituição de Ensino Fundamental da rede municipal por meio de contrato temporário. Ele foi demitido em agosto, logo após a denúncia feita por pais de alunos, e está preso preventivamente desde 21 de agosto.
Choque e trauma entre as famílias
Todas as vítimas identificadas têm idades entre seis e 10 anos, segundo a delegada Michele Arigony, e estudavam na mesma escola, cujo nome não foi divulgado.
Duas famílias que procuraram a Deam relataram o impacto do caso à imprensa. Uma mãe, de um menino de seis anos, contou que tomou conhecimento da situação por meio de outros pais, em um grupo de WhatsApp:
“Questionei meu filho e ele relatou que ele pegava os meninos no colo, dava beijo, passava a mão no corpo dele. Foi um choque. Meu filho estudou desde o começo do ano até agora com ele”, disse.
A tia de outro aluno, também de seis anos, afirmou que a criança apresentou alterações de comportamento após os supostos abusos:
“Meu sobrinho está traumatizado. Não quer mais ir à escola. Antes, ele acordava de manhã pronto para ir à escola. Era o primeiro ano dele na escola, saiu direto da creche para lá”, relatou.
Medidas da prefeitura
Na época da denúncia, a Secretaria Municipal de Educação de São Leopoldo (Smed) informou que tomou medidas imediatas: afastou o professor e realizou a demissão. O caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar, e um relatório seria entregue ao Ministério Público.
Além disso, uma psicóloga e uma assistente social do Núcleo de Enfrentamento à Violência Escolar (Neve), da Smed, passaram a trabalhar com as turmas da escola. Apoio jurídico e psicológico também foi disponibilizado às famílias afetadas pelo caso.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH