A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta quarta-feira, 12 de novembro, a Operação Resposta, uma grande ação de combate a uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro. Ao todo, foram cumpridos 35 mandados de prisão preventiva e 35 de busca e apreensão em oito municípios: Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Lajeado do Bugre, Rosário do Sul, Canoas, Charqueadas e Porto Alegre, além de áreas rurais utilizadas para o armazenamento e circulação de drogas.
A operação é um desdobramento da Operação Leviatã, deflagrada em 2024, quando foram apreendidas 1,8 tonelada de maconha. Com o avanço das investigações, a Polícia Civil identificou que o grupo criminoso movimentou, em cerca de dois meses, mais de 8 toneladas de maconha, 200 kg de cocaína e 400 kg de crack, com lucro estimado em R$ 25 milhões no mercado ilegal.
De acordo com as apurações, a organização era estruturada em três núcleos, logístico, financeiro e prisional, com ordens sendo emitidas inclusive de dentro de presídios, entre elas por um detento de uma unidade federal. As investigações também indicam o possível envolvimento do grupo na execução do prefeito de Lajeado do Bugre, Roberto Maciel Santos, o “Beto”, assassinado dentro do gabinete em 24 de novembro de 2022, além do planejamento de um atentado contra uma magistrada, o que demonstra o alto grau de violência e articulação da facção.
Em fase anterior das investigações, no dia 27 de junho de 2024, policiais civis foram recebidos a tiros em Lajeado do Bugre, o que resultou na prisão do autor dos disparos e na apreensão de armas, episódio que motivou o desencadeamento da Operação Resposta.
A ação mobilizou 185 policiais e 74 viaturas, com cumprimento simultâneo das medidas cautelares em diferentes cidades. Os resultados finais, incluindo o número de prisões e materiais apreendidos, serão divulgados ao longo do dia pela Polícia Civil.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Polícia Civil
