A Polícia Civil segue com as investigações sobre o assassinato de Brasilia Costa, de 65 anos, que teve o corpo esquartejado e partes espalhadas por diferentes locais de Porto Alegre. A vítima, natural de Arroio Grande, trabalhava como manicure e cabeleireira e era irmã de um sargento da Brigada Militar da reserva.
Brasilia foi encontrada inicialmente dentro de uma mala deixada na rodoviária da Capital, no início do mês. O principal suspeito do crime é o publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, que após audiência de custódia foi transferido neste domingo (7) para a Penitenciária Estadual de Charqueadas II, após três dias no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp).
As buscas pela cabeça da vítima ainda são motivo de hesitação dentro das equipes policiais. Informalmente, o suspeito teria dito que descartou a parte em um lixo orgânico nas proximidades do Gasômetro. A possibilidade de que o material tenha sido recolhido por caminhões de coleta e triturado junto aos resíduos preocupa os investigadores. O destino do lixo é um aterro em Minas do Leão, na Região Carbonífera.
O caso ganhou novos desdobramentos no final de semana, quando duas pernas foram localizadas na Zona Sul da Capital. No sábado (6), por volta das 10h, uma perna foi encontrada na orla do bairro Ipanema. Já no domingo (07), às 14h30min, um pescador encontrou outra perna na orla do Guaíba.
Embora ainda não haja confirmação por exame de DNA, as autoridades consideram praticamente certo que os membros pertencem à mesma vítima. O suspeito teria relatado que havia jogado as pernas em um arroio no bairro Cristal, que deságua no Guaíba.
O padrão dos cortes é semelhante ao encontrado nos restos mortais anteriores, e, no caso da perna encontrada no domingo, ela estava envolta em sacolas e pedaços de roupas semelhantes aos que já haviam sido identificados junto às partes da vítima localizadas no bairro Santo Antônio, em agosto, e na rodoviária, no início deste mês.
O crime brutal continua em investigação, enquanto a Polícia Civil busca reunir todas as partes do corpo para concluir a perícia e fortalecer o processo contra o suspeito.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte e foto: Correio do Povo