A Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira, 18/11, mais uma etapa da Operação PO’I MAG II, voltada a frear a escalada de violência e aprofundar a investigação de crimes graves registrados ao longo de 2025 dentro da Reserva Indígena de Nonoai, no Norte do Rio Grande do Sul. A ação contou com apoio da Brigada Militar, reforçando o caráter integrado das operações na região.
Nesta segunda fase, os agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão relacionados a uma tentativa de homicídio ocorrida no período mais crítico do confronto entre grupos rivais. O objetivo é coletar elementos que permitam identificar com precisão todos os envolvidos nos ataques, ampliando o entendimento sobre a dinâmica interna dos conflitos.
As investigações começaram após intensos confrontos armados entre duas facções indígenas que disputam o comando da Terra Indígena de Nonoai, área de aproximadamente 16 mil hectares distribuída entre as aldeias Sede (Nonoai), Bananeiras (Gramado dos Loureiros) e Pinhalzinho (Planalto). Até o início das tensões, todas estavam unificadas sob a liderança de um único cacique.
A ruptura veio em março de 2025, quando um dos grupos decidiu romper com o cacicado da Aldeia Sede e instaurar uma nova liderança. A partir desse episódio, a região registrou uma onda de violência, incluindo um homicídio, sete tentativas de homicídio, incêndios criminosos, depredações e a expulsão de famílias indígenas de suas casas.
A primeira fase da Operação PO’I MAG II ocorreu em agosto, quando a Polícia Federal cumpriu 22 mandados de busca e apreensão autorizados pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo. A nova etapa reforça o esforço contínuo das autoridades para restabelecer a ordem e a segurança dentro da área indígena, que segue sob monitoramento para evitar novos episódios de violência.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Jornal Folha da Produção
