A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (06), a Operação “Muralha” em Getúlio Vargas, com foco na investigação de supostos crimes cometidos por servidores lotados no Presídio Estadual do município. A ação foi conduzida pela Delegacia de Polícia de Getúlio Vargas, com apoio da Corregedoria e do Grupo de Atuação Especial (GAES) da Polícia Penal, no curso de um inquérito que apura a prática de peculato, prevaricação, condescendência criminosa e outras condutas irregulares no âmbito da administração penitenciária.
O nome da operação faz referência simbólica à quebra do silêncio e da conivência dentro da estrutura prisional. A ideia é representar o enfrentamento a práticas que fragilizam a legalidade e a confiança pública e reafirmar o papel do Estado na reconstrução da transparência e da responsabilidade institucional.
As investigações se baseiam em análise de imagens de videomonitoramento interno, depoimentos de policiais penais e apenados, além de relatórios da Corregedoria-Geral da SUSEPE e outros documentos que apontam para possíveis desvios sistemáticos de bens públicos e omissões dolosas por parte de servidores com funções de chefia e direção.
Durante a deflagração da operação, foram cumpridos:
1 mandado de prisão preventiva, em Getúlio Vargas
3 afastamentos de servidores do serviço público (2 em Getúlio Vargas e 1 em Santiago)
4 mandados de busca e apreensão domiciliar, incluindo a apreensão de celulares e mídias digitais
Busca e apreensão no Presídio Estadual de Getúlio Vargas
A operação mobilizou 39 policiais civis, 50 policiais penais, 20 integrantes do GAES, 20 profissionais da inteligência e 10 corregedores.
Durante a execução dos mandados, o alvo da prisão preventiva foi autuado em flagrante por posse irregular de munição e tráfico de medicamentos de uso controlado, reforçando os elementos investigativos já existentes.
A investigação segue em andamento e novas etapas não estão descartadas, conforme o avanço da análise de material apreendido e o aprofundamento das oitivas. A Polícia Civil destacou que o objetivo central da operação é fortalecer a integridade das instituições e garantir que o sistema prisional opere dentro dos princípios da lei e do interesse público.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Rádio Uirapuru
