O jornalismo esportivo perdeu nesta segunda-feira (29) um de seus nomes mais queridos. O apresentador e narrador Paulo Soares, conhecido como o “Amigão” da ESPN, morreu aos 60 anos em São Paulo. Ele estava internado há cerca de cinco meses no Hospital Sírio-Libanês, tratando complicações decorrentes de problemas na coluna, e faleceu por falência de múltiplos órgãos.
Carismático e dono de bordões que marcaram gerações de fãs, Amigão foi durante mais de duas décadas um dos rostos mais conhecidos do SportsCenter, programa que comandou ao lado do amigo e colega Antero Greco, falecido em 2023. A parceria histórica transformou a atração em uma referência no jornalismo esportivo brasileiro.
As redes sociais foram tomadas por homenagens de colegas, jornalistas e atletas. O jornalista André Rizek, do SporTV, destacou o talento e a generosidade do narrador: “Um cara super gentil, generoso, um puta apresentador e ótimo narrador. Que perda. Descansa em paz, Amigão”. O tenista Fernando Meligeni também expressou sua tristeza: “Que triste. Obrigado, Amigão. Você vai deixar muita saudade”.
Companheiros de ESPN, como Alex Tseng, Gustavo Hofman e Leonardo Bertozzi, recordaram a amizade e a alegria de Paulo Soares. O narrador da TV Globo, Everaldo Marques, chamou a notícia de “devastadora” e lembrou que o apresentador “era exatamente a mesma pessoa dentro e fora do ar: generoso, afável, gentil”.
Natural de Araraquara (SP), Paulo Soares iniciou a carreira aos 15 anos, como narrador na Rádio Clube Ararense, em 1978. Passou por diversas rádios — Globo, Bandeirantes, Record, Gazeta e Estadão ESPN — e também atuou na televisão em emissoras como SBT, Cultura e TV Gazeta, antes de consolidar sua trajetória na ESPN. O apelido “Amigão da Galera” surgiu em 1990, dado pelo repórter Osvaldo Pascoal, na época colega na Rádio Record.
O velório está marcado para a tarde desta segunda-feira (29), no Funeral Home, no bairro Bela Vista, em São Paulo. Paulo Soares não tinha filhos e deixa a companheira, Marlene.
Com sua voz marcante, bom humor e jeito único de se comunicar, Paulo Soares deixa um legado de amizade, profissionalismo e paixão pelo esporte, sendo lembrado como um dos maiores ícones da imprensa esportiva brasileira.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper