Terminou nesta quarta-feira, 24/09, a auditoria realizada por uma comitiva da China nos controles sanitários de granjas e plantas industriais do setor avícola do Rio Grande do Sul. A inspeção representa mais um passo nas negociações para a retomada das vendas de carne de frango ao país asiático, suspensas desde julho de 2024. O mercado chinês é um dos principais destinos da proteína avícola brasileira.
A missão foi composta por seis auditores chineses e acompanhada por fiscais federais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), fiscais estaduais da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi-RS) e representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A agenda incluiu visitas a diferentes etapas da cadeia produtiva: uma granja de matrizes genéticas em São José do Hortêncio, uma propriedade de frango de corte em Pareci Novo e um abatedouro exportador localizado em Bom Princípio. Os técnicos acompanharam as práticas sanitárias e verificaram, in loco, os protocolos de biosseguridade aplicados em granjas e unidades industriais.
Segundo Fernando Groff, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Seapi, a auditoria foi uma oportunidade estratégica para comprovar a robustez dos controles adotados no Estado. “É a chance de demonstrar a eficiência do sistema sanitário aplicado no Rio Grande do Sul, garantindo a condição de livre de doenças que impactam o mercado de exportação, como a doença de Newcastle e a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade [gripe aviária]”, explicou.
As exportações de frango gaúcho para a China foram suspensas após a detecção de um foco da doença de Newcastle em Anta Gorda, no Vale do Taquari, em julho de 2024. Quando havia expectativa de retomada, a confirmação de um caso de influenza aviária em Montenegro, em maio de 2025, adiou novamente a reabertura do mercado.
Ambos os episódios foram controlados em poucos meses, e o Brasil manteve o reconhecimento de status sanitário internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Ainda assim, o embarque para o mercado chinês segue suspenso, dependendo da análise final das autoridades sanitárias do país asiático.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper