O Exército de Israel retomou neste sábado (1º) as operações aéreas sobre a Faixa de Gaza, após novas violações do cessar-fogo por parte do Hamas. O governo israelense afirma que a ação visa neutralizar ameaças terroristas e impedir novos ataques contra civis israelenses, enquanto o impasse sobre a devolução dos corpos dos reféns continua a gerar tensão.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), os bombardeios foram direcionados a posições militares do Hamas próximas à cidade de Khan Yunis, no sul do enclave, após a detecção de disparos contra território israelense. O porta-voz das FDI reforçou que o país “não permanecerá inerte diante de contínuas provocações de um grupo terrorista que ignora acordos internacionais e coloca em risco tanto israelenses quanto palestinos”.
O cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro e mediado pelos Estados Unidos, tem sido repetidamente violado pelo Hamas, segundo Tel Aviv. O grupo islâmico, que ainda mantém o corpo de um soldado israelense morto em 2014 e de dez reféns sequestrados em 2023, é acusado por Israel de usar civis como escudo humano e esconder armamentos em áreas residenciais e hospitais.
O recente envio de três corpos não identificados à Cruz Vermelha Internacional aumentou a tensão entre as partes. Após exames forenses, as autoridades israelenses confirmaram que os corpos não pertenciam a nenhum dos reféns ainda sob custódia do Hamas. O governo classificou o ato como “nova demonstração de desrespeito humanitário”.
Em comunicado oficial, o gabinete do primeiro-ministro afirmou que Israel “segue comprometido com a defesa de seus cidadãos e com a libertação de todos os reféns”, reiterando que “qualquer cessar-fogo duradouro depende do fim total das atividades terroristas do Hamas”.
O país também destacou os esforços para minimizar danos à população civil em Gaza, com o envio de alertas prévios às áreas de operação e a criação de corredores humanitários supervisionados. “Nosso objetivo não é punir o povo palestino, mas eliminar uma ameaça terrorista que impede a paz e a coexistência”, reforçou o comunicado.
Enquanto isso, aliados ocidentais manifestaram apoio ao direito de Israel à autodefesa. Os Estados Unidos reafirmaram que “nenhum país pode aceitar que civis sejam sequestrados ou ameaçados por grupos armados que rejeitam qualquer diálogo de paz”.
Em meio ao cenário de tensão, o governo israelense segue determinado a garantir que os responsáveis pelos ataques de 7 de outubro sejam levados à justiça e que a segurança da população israelense seja plenamente restabelecida.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
