O Hospital de Caridade de Erechim, o maior da região Norte do Estado, enfrenta uma das situações mais críticas de sua história após o forte temporal de granizo que atingiu a cidade no domingo, 23. Conforme o diretor-presidente da instituição, Lasie Antônio Biolo, diversas alas de internação ficaram totalmente danificadas, obrigando a transferência imediata de pacientes para setores menos afetados. “Estamos ainda com praticamente 60% dos telhados danificados e comprometidos”, afirmou.
Imagens registradas pelo diretor evidenciam a gravidade do cenário: quartos e corredores completamente alagados, infiltrações intensas, telhados destruídos e vidraças estilhaçadas pelas pedras de gelo. Pacientes em cadeiras de rodas e macas precisaram ser acomodados nos corredores enquanto equipes trabalhavam para isolar áreas de risco. No estacionamento da instituição, vários veículos tiveram os parabrisas destruídos.
De acordo com Lasie, o hospital segue de portas abertas, porém com atendimentos monitorados e priorizados para casos de maior gravidade. O bloco cirúrgico, que também sofreu danos, retomou apenas parte das atividades, funcionando exclusivamente para cirurgias de emergência ou situações em que não foi possível transferir pacientes em estado crítico. “Estamos operando com muita cautela. Só conseguimos reabrir parcialmente o bloco cirúrgico, e apenas para atendimentos que não podem esperar”, destacou.
O temporal também afetou instalações elétricas e equipamentos eletrônicos essenciais para o funcionamento da instituição. A direção afirma que ainda não é possível estimar o prazo para a normalização dos serviços devido ao alto custo dos reparos. “Ainda não sabemos como será, pois não temos recursos suficientes para fazer frente a todos esses danos”, lamentou Lasie.
Filantrópico e sem fins lucrativos, o Hospital de Caridade de Erechim atende pacientes particulares, de planos de saúde, do IPE Saúde e também presta serviços complementares ao Sistema Único de Saúde (SUS), sendo referência para milhares de usuários em toda a região. A instituição agora busca alternativas para reconstruir as áreas comprometidas enquanto mantém, com limitações, os atendimentos essenciais à população.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte e foto: Correio do Povo
