Por: João Victor Costa Dos Santos, Estudante de Arquitetura e Urbanismo e Ciência Política. Fundador e líder do grupo Barões da Restauração e mantenedor do site Brumas do Passado
E em 13 de Agosto de 1774, na colônia de Sacramento, na província da Cisplatina (atual Uruguai), nasce Hippolyto Joseph da Costa Pereira Furtado de Mendonça, ou apenas Hipólito José da Costa. Diplomata, intelectual e jornalista, foi editor do primeiro jornal a circular em território brasileiro, o Correio Braziliense e atualmente é considerado o Patrono da Imprensa no Brasil.
Nascido na Colônia do Sacramento, então território disputado entre Portugal e Espanha, mudou para Pelotas três anos com sua família, onde passou sua infância e adolescência. Iniciou os estudos em Porto Alegre, concluindo em Coimbra, Portugal e iniciou carreira no serviço diplomático. Ao entrar em contato com ideias iluministas e liberais na Europa e nos Estados Unidos, aproximou-se de movimentos que defendiam reformas políticas e liberdade de expressão. Perseguido pelos portugueses por suas ligações maçônicas e por divulgar ideias consideradas subversivas, fugiu para Londres, onde se estabeleceu como figura central do jornalismo de língua portuguesa no exílio.
Em 1º de Junho de 1808, fundou o Correio Braziliense, periódico mensal impresso em Londres que circulou até 1822, exercendo forte influência sobre a formação da opinião pública no Brasil às vésperas da independência. Por meio de artigos e análises, Hipólito defendia a modernização administrativa, a liberdade de comércio, a instrução pública e o constitucionalismo, ao mesmo tempo em que criticava o absolutismo e o atraso político da metrópole. Embora fosse defensor de mudanças profundas, não era um revolucionário radical — sua visão buscava conciliar reformas liberais com a monarquia constitucional. Sua obra e postura intelectual ajudaram a moldar o pensamento político brasileiro no início do século XIX, e seu legado permanece como símbolo da luta pela liberdade de imprensa e pela difusão de ideias.
Hipólito faleceu em Londres em 11 de Setembro de 1823, sem jamais saber que havia sido nomeado cônsul do Império do Brasil, em Londres. Seus restos mortais ficaram guardados na igreja de St. Mary the Virgin, em Hurley, no Condado de Berkshire até 2001, quando foram transladados para Brasília. Atualmente, seus restos estão nos jardins do Museu da Imprensa Nacional, e em 2010, seu nome foi inscrito no Livro de Aço dos Heróis Nacionais.
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