Em discurso no Plenário na última quarta-feira (24), o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) cobrou maior rapidez dos bancos na execução da Medida Provisória 1.316/2025, que destinou R$ 12 bilhões para a renegociação de dívidas rurais. O parlamentar destacou que a medida tem como objetivo dar fôlego a produtores atingidos por enchentes e secas, especialmente no Rio Grande do Sul, onde 85% dos municípios foram afetados.
Heinze lembrou que instituições como Banco do Brasil, Sicredi, Banrisul, Sicoob e Cresol já receberam as instruções do Banco Central (BC) e do Conselho Monetário Nacional (CMN), mas ainda não estariam garantindo o atendimento com a eficiência necessária.
“O que a gente pede aos bancos é a compreensão, a ajuda para que o maior número de agricultores possa acessar essas negociações e também para nós conseguirmos fazer a contratação do custeio dessa safra de verão, que é a maior safra que nós plantamos no Rio Grande do Sul. Entendemos a gravidade do momento pelos quais esses produtores passam e precisamos, de uma certa forma, dessa compreensão por parte do sistema financeiro para ajustarmos essa posição”, afirmou.
O senador também ressaltou que, embora a medida seja positiva, ela deixou de fora a safra 2024/2025, que registrou perdas superiores a 40% em culturas como soja e arroz. A MP contempla apenas dívidas rurais que estavam em dia até 30 de junho de 2024.
“Faltou, nessa negociação, a Safra 24/25, que não foi incluída. Nós tivemos essa atual safra, deste ano, com prejuízo de mais de 40%. Muitos produtores também precisam negociar essa safra. Por isso, a gente está insistindo agora no Ministério da Agricultura, no Ministério da Fazenda, para poder ajustar esse ponto”, declarou Heinze.
O parlamentar defendeu ajustes urgentes para que mais agricultores tenham acesso às renegociações e garantam o custeio da próxima safra, considerada essencial para a recuperação econômica do setor no estado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper