O governo do Rio Grande do Sul iniciou a instalação de novas estações hidrometeorológicas pelo território gaúcho, com o objetivo de aprimorar o monitoramento de rios, chuvas e eventos climáticos extremos. Até esta quinta-feira, 23/10, 30 equipamentos já foram fixados, segundo a Casa Militar, Subchefia de Proteção e Defesa Civil, responsável pela execução do projeto.
Ao todo, o Estado contratou a implantação e operação de 130 novas estações de monitoramento, que irão coletar dados de 24 bacias hidrográficas, fornecendo informações hidrológicas precisas e qualificadas. O projeto, iniciado no começo de outubro, prevê que os equipamentos entrem em operação no início de dezembro. As informações captadas serão disponibilizadas para consulta pública no site da Agência Nacional de Águas (ANA), fortalecendo a capacidade de resposta a desastres naturais.
As novas unidades já foram instaladas em Igrejinha, Nova Hartz, Sapiranga, Três Coroas, Imigrante, Teutônia, Montenegro, Putinga, Barão de Cotegipe, Getúlio Vargas, Passo Fundo, Marau, União da Serra, Sarandi, Rodeio Bonito, Coronel Bicaco, Santa Rosa, Panambi, Ibirubá, Caraá, Nova Palma, Santa Maria, Rio Pardo, Sinimbu, e também em áreas de divisa entre Cerro Branco e Candelária, Travesseiro e Pouso Novo, Protásio Alves e Ipê, Nova Roma do Sul e Farroupilha, além de duas localidades em Rolante.
Das 130 estações previstas, 113 são hidrológicas, com sensores de nível de rio e precipitação, e 17 são hidrometeorológicas, que também medem velocidade e direção do vento, umidade, pressão atmosférica e temperatura. As unidades possuem atualização de dados a cada 15 segundos, operando na modalidade nowcasting de missão crítica, que permite alertas em tempo real.
Os equipamentos, de alta performance, contam com câmeras para acompanhamento visual em tempo real, transmissão de dados via rede 4G/5G e redundância por satélite, garantindo funcionamento contínuo mesmo em condições adversas. As torres, com alturas entre 6 e 12 metros, são alimentadas por sistema solar off-grid, com autonomia mínima de sete dias, sustentada por baterias que operam mesmo em períodos de baixa insolação.
A iniciativa integra o Plano Rio Grande, no eixo de infraestrutura da Política Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres, com investimento total de R$ 47,175 milhões.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
