Uma força-tarefa do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) promoveu, nesta terça-feira, 18, uma operação de fiscalização que resultou na apreensão de 4,6 toneladas de produtos impróprios para consumo e na interdição de três estabelecimentos em Cachoeira do Sul, no Vale do Rio Jacuí. A ação integrou o Programa Segurança dos Alimentos e percorreu cinco locais, incluindo quatro mercados e um açougue, onde foram identificadas graves irregularidades sanitárias.
O açougue vistoriado foi totalmente interditado após a constatação de falhas críticas no armazenamento e na manipulação dos alimentos. Em outro mercado, a padaria e o açougue foram interditados, enquanto em um terceiro apenas a padaria recebeu o bloqueio. Todos os estabelecimentos foram autuados pelos fiscais. Em um deles, 2,5 toneladas de produtos fora dos padrões legais foram encontrados e imediatamente descartados.
Entre as irregularidades identificadas estavam produtos vencidos, mercadorias sem procedência, armazenadas em temperatura inadequada ou de forma indevida. A maior parte da carne recolhida foi destinada ao zoológico de Cachoeira do Sul, mas uma parcela encontrava-se em estado tão precário que nem pôde ser aproveitada para alimentação animal. Os agentes relataram ter encontrado carne vencida há dois anos, apresentando coloração esverdeada, odor forte e sinais claros de deterioração.
Em um dos locais, os fiscais localizaram até mesmo um esgoto dentro da câmara fria da carne, com cheiro extremamente forte. Nas padarias visitadas, a equipe identificou insumos vencidos, produtos sem data de validade ou sem origem definida. Além de carnes, pizzas e itens de panificação, também foram apreendidos frascos de álcool cuja venda é proibida em supermercados, além de sacos de carvão sem procedência ou licenciamento.
A operação reforça a preocupação das autoridades com a segurança alimentar e a proteção dos consumidores, destacando os riscos sanitários associados ao consumo de produtos fora dos padrões exigidos pela legislação. O Ministério Público seguirá acompanhando os estabelecimentos autuados e monitorando possíveis reincidências.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
