Usuários da Trensurb enfrentam diariamente os impactos do fechamento de três estações no Centro de Porto Alegre: São Pedro, Rodoviária e Mercado. As estações estão inativas desde 3 de maio, quando foram gravemente afetadas pelas enchentes, e a operação foi suspensa para preservar a frota. Em setembro, a circulação foi retomada de forma emergencial até a Estação Farrapos.
Segundo a estatal, os danos causados pela enchente incluíram prejuízos em roletas e no sistema de bilhetagem eletrônica. A previsão é que a recuperação completa do sistema, estimada em mais de R$ 400 milhões, só seja concluída em 2026. Enquanto isso, mais de R$ 80 milhões estão sendo investidos em obras em Canoas e Porto Alegre. Esses recursos estão sendo usados para reconstruir as subestações de energia Fátima e São Luís, ambas localizadas em Canoas, e o terminal elétrico da Estação Farrapos, também danificado.
Atualmente, a operação é sustentada pela subestação São Luís, que funciona parcialmente, permitindo intervalos de 12 minutos entre os trens nos horários de pico. A expectativa é que os intervalos de quatro minutos, que eram praticados antes das enchentes, sejam retomados apenas em janeiro de 2026, quando ao menos uma das subestações danificadas estiver operando plenamente.
A reabertura das estações São Pedro, Rodoviária e Mercado está prevista para 24 de dezembro, mas com restrições de velocidade e intervalos ampliados. A situação evidencia os desafios enfrentados pelos usuários e a complexidade da recuperação do sistema ferroviário na região após os estragos causados pelas enchentes.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper