Terminou na madrugada deste sábado (26) o julgamento do caso da personal trainer Débora Michels Rodrigues da Silva, morta em 26 de janeiro de 2024, em Montenegro, no Vale do Caí. Próximo à 1h, a juíza Débora de Souza Vissoni, da 1ª Vara Criminal do município, anunciou a condenação do réu, ex-companheiro da vítima, a 26 anos e 8 meses de reclusão em regime inicialmente fechado. A magistrada determinou a imediata execução da sentença, embora ainda caiba recurso.
O júri, formado por cinco mulheres e dois homens, se reuniu no Salão do Júri do Foro de Montenegro em uma sessão que durou 17 horas. O réu foi condenado por homicídio qualificado por feminicídio (cometido contra mulher em contexto de violência doméstica e familiar), motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Débora foi morta por asfixia mecânica e teve o corpo abandonado em frente à casa dos pais, em Montenegro. Ela estava em processo de mudança da residência que compartilhava com o ex-companheiro, após a separação. Segundo a acusação, o crime foi motivado pela inconformidade do réu com o término do relacionamento.
Durante o julgamento, foram ouvidos os pais e o irmão da vítima, além de um perito. O réu também foi interrogado. Os debates entre a acusação e a defesa começaram por volta das 18h. Aturam na acusação as promotoras Graziela Lorenzoni e Rafaela Hias Moreira Huergo, além da assistente de acusação Samanta Dannus. A defesa técnica ficou a cargo dos advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper