A Prefeitura de Erechim decretou, neste domingo (23), situação de emergência após o forte temporal de granizo e as chuvas intensas que atingiram o município no final da tarde. A tempestade provocou danos significativos em residências, escolas, unidades de saúde, vias públicas e prédios privados. Com o decreto, toda a estrutura pública está autorizada a atuar de forma imediata nas ações de resposta e assistência à população.
As aulas das redes municipal, estadual e privada foram suspensas nesta segunda-feira (24). As Unidades Básicas de Saúde também não abrirão. Já a Unidade Municipal de Referência em Saúde (UMRS), antiga UPA, permanece em funcionamento, com atendimento reforçado no Pronto Atendimento até as 23h, priorizando feridos em decorrência do temporal.
O Hospital Santa Terezinha informou que parte dos leitos foi danificada, o que levou à suspensão das cirurgias eletivas. Apenas casos de extrema urgência serão atendidos, enquanto pacientes com menor gravidade não serão recebidos nesta segunda-feira, permitindo a concentração de recursos nos atendimentos críticos.
Danos na cidade
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Erechim, a estimativa inicial é de que aproximadamente 5 mil residências tenham sido atingidas pelo granizo. A corporação orienta a população a ter cuidado com fios elétricos espalhados pelas ruas e a utilizar equipamentos de proteção ao subir em telhados danificados.
Em publicação nas redes sociais, o governador Eduardo Leite afirmou que conversou com o prefeito Paulo Polis e que equipes da Defesa Civil Estadual prestarão suporte imediato ao município. O comandante da Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, deve se deslocar até Erechim para acompanhar os trabalhos.
O Centro Logístico da Defesa Civil enviou caminhões com rolos de lona e telhas para auxiliar a gestão municipal no atendimento às famílias afetadas.
Medidas previstas no decreto
O decreto de emergência autoriza medidas excepcionais em situações de risco iminente à vida, como o ingresso de agentes públicos em residências para resgate e evacuação. Também está liberado o uso temporário de propriedades privadas para ações de atendimento emergencial, além da dispensa de licitações para aquisição de materiais e contratação de serviços essenciais.
O documento prevê ainda a convocação de voluntários, a realização de campanhas de arrecadação e a possibilidade de desapropriações em casos de utilidade pública, ampliando os mecanismos de resposta diante da destruição causada pelo temporal.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fotos: Luciana Spinelli/Andréa Spinelli
