A Divisão de Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato (Dicrab), criada no fim de 2024 e vinculada ao Departamento de Polícia do Interior (DPI), vem ampliando sua atuação em diferentes regiões do Rio Grande do Sul. Com cinco Delegacias de Polícia Especializadas (Decrabs) já em funcionamento nas cidades de Bagé, Alegrete, Camaquã, Cruz Alta e Santo Ângelo, a estrutura concentra esforços no combate a delitos cometidos no meio rural, como furto de gado, falsificação de sementes e insumos agrícolas, pirataria e comércio ilegal de produtos.
De acordo com o diretor da Dicrab, delegado Heleno dos Santos, desde o início da atuação já foi gerado um impacto superior a R$ 10 bilhões em prejuízos a organizações criminosas, sobretudo em casos ligados ao abigeato. “O crime de abigeato está na história do Rio Grande do Sul e preocupa a Polícia Civil. Com a criação das Decrabs, esse delito vem diminuindo ano a ano. A estrutura demonstra a sensibilidade da instituição em combater crimes que atingem diretamente a agricultura e a pecuária, atividades vitais para o Estado”, destacou.
As ações são realizadas em conjunto com a Brigada Militar, a Secretaria Estadual da Agricultura, o Ministério da Agricultura e órgãos municipais de fiscalização. A expectativa é de que novas unidades reforcem o trabalho já em andamento: uma será instalada em Santo Antônio da Patrulha e outras duas estão previstas para Vacaria e Santa Maria.
Segundo o delegado, a área de abrangência das Decrabs cobre extensas macrorregiões, o que aumenta os desafios da atuação. “É muito trabalho, pois o território é amplo. O foco agora é equipar cada vez mais as delegacias para aprimorar a resposta policial. Onde houver crime organizado relacionado ao meio rural, a Decrab investiga. E, em casos de associação com outros delitos, as unidades também auxiliam as delegacias locais”, concluiu.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper