Os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que seja autorizada a comunicação telefônica com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em prisão domiciliar em Brasília.
Segundo a defesa, a impossibilidade de contato por telefone ou redes sociais obriga os criminalistas, todos residentes em São Paulo, a viagens constantes ao Distrito Federal, tornando o contato pessoal “moroso e oneroso”. Os advogados afirmam que as restrições impostas a Bolsonaro têm causado “limitação” e “prejuízos ao amplo direito de defesa”, ressaltando a importância de consultas frequentes sobre o andamento processual e estratégias de defesa.
Além do pedido de comunicação telefônica, a defesa requereu a revogação da prisão domiciliar. Bolsonaro cumpre a medida em razão de investigações relacionadas à tentativa de obstrução do julgamento da chamada “trama golpista”, que resultou em sua condenação. A prisão domiciliar foi decretada pelo STF após descumprimento de restrições determinadas pela corte.
O inquérito que envolve o ex-presidente foi iniciado a partir de articulações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos para pressionar ministros do STF. Entre os pontos investigados, estão o financiamento dessas ações por parte de Jair Bolsonaro e a sua possível participação nos atos de pressão contra a Corte. A Procuradoria-Geral da República (PGR) destacou que, embora a denúncia tenha sido oferecida, a investigação contra o ex-presidente permanece em andamento.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper