Com o tema “20 anos do SUAS: construção, proteção social e resistência”, a 16ª Conferência Municipal de Assistência Social de Cruz Alta ocorreu nos dias 8 e 9 de julho, reunindo lideranças políticas, representantes de instituições públicas e privadas, usuários da assistência social e trabalhadores do setor. A iniciativa teve como objetivo central avaliar a trajetória do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no município, propor melhorias e reafirmar compromissos com a proteção social.
A abertura da conferência ocorreu de forma virtual na terça-feira (08), enquanto a programação presencial foi realizada na quarta-feira (09), nas dependências da Escola Estadual Santo Antônio, onde aconteceram as discussões dos cinco eixos temáticos e a deliberação das propostas que serão levadas às etapas estadual e nacional.
Estiveram presentes na solenidade a prefeita Dra. Paula Rubin Facco Librelotto, o vereador Hioran Cordeiro, a coordenadora do Centro de Referência Maria Mulher, Ivânia Librelotto, o presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (COMAS), João Inácio Conrad, a presidente de honra do COMAS, Honorabile Reck, a extensionista rural da Emater/Ascar, Rosita Heringer, além de representantes da rede de proteção social e de usuários do SUAS no município.
Em sua fala, a prefeita destacou a relevância da conferência para o fortalecimento da política pública de assistência social em Cruz Alta. “Acreditamos que a transformação social passa, necessariamente, por uma assistência forte, articulada e comprometida com quem mais precisa. Nosso governo trabalha todos os dias para ampliar esse alcance e garantir dignidade a todas as famílias cruz-altenses”, afirmou Dra. Paula.
A convidada especial da conferência foi Gisa Nunez, do Conselho Estadual de Assistência Social, que conduziu uma palestra provocadora, destacando a complexidade da gestão social no contexto atual. Ela instigou o público com a pergunta: “O quanto o SUAS evoluiu em 20 anos?”, abrindo espaço para reflexões críticas sobre financiamento, profissionalização e participação social.
Os grupos de trabalho se dividiram para debater cinco eixos temáticos:
Universalização do SUAS com equidade e respeito às diversidades;
Aperfeiçoamento da gestão descentralizada e valorização dos trabalhadores da assistência social;
Integração entre benefícios e serviços socioassistenciais, com foco em segurança de renda e inclusão;
Gestão democrática com comunicação transparente e incentivo à participação social;
Garantia de financiamento público com justiça federativa e sustentabilidade do SUAS.
As propostas aprovadas serão encaminhadas à Conferência Estadual, com destaque para o fortalecimento dos CRAS e CREAS, ampliação do número de profissionais nos serviços e a necessidade de uma política de financiamento contínua, que dê suporte real aos municípios.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper