A colheita da uva no Rio Grande do Sul se aproxima da reta final com resultados considerados excepcionais. O presidente do Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado (Consevitis-RS), Luciano Rebellatto, destaca que a safra de 2024 pode se tornar uma referência em produção e qualidade, superando a de 2020. A expectativa inicial de 750 mil toneladas da fruta está prestes a se confirmar.
Um dos fatores determinantes para o desempenho positivo foi o clima seco, com chuvas abaixo da média, o que favoreceu a maturação ideal das uvas e reduziu a incidência de fungos. O grau Brix, que mede a concentração de açúcar na fruta, ficou em torno de 15, pelo menos dois pontos acima da média de 2023, o que eleva a qualidade de vinhos, espumantes e sucos.
Em comparação ao ano passado, o crescimento da cadeia produtiva de derivados da uva foi de 38,5%. A forte demanda pelas vinícolas da Serra Gaúcha reflete o reconhecimento da qualidade da safra. No entanto, desafios persistem, como a escassez de mão de obra para poda e colheita, impulsionando investimentos na mecanização do setor.
De acordo com a Emater/RS-Ascar, a colheita já foi finalizada na região administrativa de Bagé, enquanto na região de Passo Fundo está na fase final. Em Pelotas, o processo segue em andamento, mas em Pinheiro Machado houve perdas significativas, com quebra estimada de 30% devido ao ataque de pássaros. Os preços médios praticados são de R$ 8,00 por quilo para uvas de mesa e R$ 2,80 para uvas viníferas.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Leouve – RS Com