O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado recentemente, revelou que as condições climáticas recentes têm afetado a produção de morangos de maneira distinta nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul.
Na região administrativa de Caxias do Sul, as temperaturas amenas e a boa radiação solar favoreceram o desenvolvimento da cultura e aceleraram a maturação dos frutos. No entanto, a incidência de oídio em flores e frutos jovens tem causado perdas, situação considerada atípica por não atingir as folhas. Para conter o problema, produtores intensificaram o controle da doença e ajustaram a adubação, buscando reduzir o vigor vegetativo e estimular a floração. Mesmo com leve melhora, a oferta ainda não atende à demanda local, com preços variando entre R$ 30 e R$ 50 o quilo nas vendas para Ceasas, intermediários e mercados, e entre R$ 40 e R$ 60 na venda direta ao consumidor.
Em Lajeado, na localidade de Feliz, a produção está em início. Nos cultivos em bancadas, a colheita é reduzida, enquanto nos plantios em solo há boa formação de frutos e intensa floração. O clima com dias ensolarados e temperaturas baixas tem beneficiado o desenvolvimento, e os preços variam de R$ 30 a R$ 40 o quilo, podendo alcançar R$ 55 devido ao aumento da procura pelo chamado “morango do amor”.
Na região de Pelotas, o clima frio e úmido tem prejudicado a cultura, reduzindo tamanho e quantidade dos frutos e favorecendo o surgimento de doenças. A produção segue limitada, com preços entre R$ 30 e R$ 40 o quilo.
Em Santa Rosa, apesar da boa floração, a deficiência na polinização tem causado frutos deformados. A região enfrenta forte incidência de doenças como flor-preta, antracnose e oídio, de difícil controle mesmo com fungicidas. Frutos menores são vendidos a R$ 20 o quilo, enquanto os maiores e padronizados chegam a R$ 55. A popularidade do “morango do amor” elevou a demanda local.
Já em Soledade, a cultura está em fase de desenvolvimento de mudas e produção. O clima com maior incidência de sol acelerou a maturação dos frutos e o crescimento das plantas, mantendo as condições fitossanitárias adequadas e o equilíbrio entre oferta e demanda.
A variação climática reforça a necessidade de acompanhamento técnico contínuo para minimizar prejuízos e potencializar a produção nas diferentes regiões do Estado.
Com inofmrações: Jornalista Fernando Kopper