A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou, nesta quinta-feira (6), estudos para ampliar o uso da tarifa branca entre consumidores de baixa tensão, atingindo aproximadamente 2,5 milhões de unidades, incluindo grandes residências, comércios e pequenos serviços. A proposta prevê migração automática para essa modalidade a partir de 2026, caso aprovada.
Na tarifa branca, o valor cobrado pela energia varia conforme o horário de consumo. O preço é mais alto nos momentos de maior demanda, conhecidos como “horário de pico”, e mais baixo durante períodos de menor circulação na rede elétrica. Atualmente, esse grupo já pode optar pela modalidade, mas a adesão é considerada baixa: apenas 0,1% dos 75 milhões de consumidores habilitados fizeram a mudança de forma voluntária.
De acordo com a nota técnica divulgada pela agência, a migração automática abrangeria unidades consumidoras com gasto mensal acima de 1.000 kWh, como indústrias de pequeno porte, serviços públicos conectados à baixa tensão e residências de maior consumo. A intenção é incentivar o uso mais eficiente da energia diante do avanço de fontes renováveis, que possuem variações na oferta ao longo do dia.
Na prática, o sistema da tarifa branca funciona com três faixas de cobrança:
Mais cara nos horários de pico, geralmente entre 18h e 21h;
Intermediária nos períodos de transição, próximos ao início e fim do pico;
Mais barata durante o restante do dia, quando o consumo é menor.
A proposta ainda está em análise e deverá passar por consulta pública antes de qualquer alteração definitiva. Enquanto isso, a Aneel orienta consumidores a avaliarem o perfil de consumo doméstico ou comercial antes de aderir à modalidade, uma vez que residências com uso concentrado no período da noite podem ter aumento na conta de luz.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
