O Rio Grande do Sul registrou 2.163 inscrições no processo de alistamento militar voluntário feminino para jovens nascidas em 2007. As candidatas disputam vagas no Exército Brasileiro e na Força Aérea Brasileira (FAB), com oportunidades distribuídas entre Porto Alegre, Santa Maria e Canoas. O prazo de inscrições encerrou em 30 de junho.
Em Porto Alegre, foram 518 inscritas para 67 vagas no Exército. Já em Santa Maria, 254 jovens se inscreveram para 39 vagas no Exército e 20 na FAB. Em Canoas, 185 meninas concorrem a 15 vagas oferecidas pela Força Aérea.
As selecionadas irão atuar, inicialmente, como soldado em unidades hospitalares, colégios militares e no 3º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica, na capital. As mulheres participarão do processo seletivo em igualdade de condições com os homens, desempenhando as mesmas funções, com os mesmos salários e direito a alojamento privativo.
Segundo o coronel Castro Freitas, chefe da Assessoria de Comunicação Social da 3ª Região Militar, as mulheres já integram o Exército desde 1992, com presença ainda restrita a algumas áreas. Atualmente, representam 2% do efetivo previsto para 2025, mas há intenção de ampliar esse percentual para 20% até 2030 — o que pode significar a incorporação de até 500 jovens.
O Exército também pretende expandir a participação feminina em outras áreas além das administrativas e logísticas, como comunicações e armamento. “Estamos avançando rápido. É o início de um Exército que já existe desde 1648”, afirmou o coronel.
A partir do alistamento de 2026, com incorporação em 2027, novas cidades gaúchas passarão a integrar o processo seletivo. Porto Alegre contará com 209 vagas e Santa Maria, com 118. Também serão incluídos os municípios de Alegrete (35 vagas), Bagé (35), Santiago (40), Bento Gonçalves (35) e Santo Ângelo (30).
O processo de seleção ocorrerá de 6 a 17 de outubro e será composto por exames físicos, entrevistas, inspeções de saúde, exames clínicos e laboratoriais. A candidata que não comparecer será automaticamente desclassificada.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper